#54 - Vanguardas Artísticas na América Latina

05/05/2023

Das mais diversas manifestações humanas, a Arte tem estado presente há séculos. Desde representações clássicas, da música, teatro, pinturas etc, nos deparamos com uma extensa produção dos mais variados artistas e locais. Sua definição, por mais aberta que seja, também implica prestar atenção no papel do artista e no seu objetivo

Na América Latina, na década de 1910, um movimento conhecido como Vanguarda Artística surgiu como o objetivo de mudar a abordagem da arte, e questionar o que era belo ou sublime até então. Subverter se tornou um marco desse movimento, colocando os aspectos mais academicistas da arte em questão.

Para os vanguardistas, era necessário romper com as representações do passado e dar vazão à criatividade do artista, agora sem limites impostos pela estética ou regras da natureza. Um exemplo claro dessa vanguarda artística são os muralistas. Surgido na Revolução Mexicana, esse movimento se propôs a retirar dos museus, teatros e salas de concerto o foco da arte, e expor para um maior número possível de pessoas. Logo, os murais eram construídos em grandes paredes de prédios públicos onde circulava muita gente.

Outra característica é a busca por uma identidade nacional nessas obras. Diferente das vanguardas artísticas europeias, a década de 1910 para a América Latina é o período de centenário das independências, e essas produções artísticas vão se colocar na posição de capturar a cultura nacional.

Mas quem exatamente integrava o movimento das vanguardas artísticas na América Latina? Qual era a sua relação com a arte desenvolvida na Europa? Esses artistas tinham preocupações ou engajamento político? Para discutir esses e outros temas o Hora Americana recebe hoje o Prof. Júlio Pimentel Pinto, do Departamento de História da Universidade de São Paulo.

O episódio já está disponível nas principais plataformas de podcast e também em nosso canal no YouTube. Esperamos que gostem do programa e deixem suas opiniões, sugestões e críticas! Também não esqueçam de nos seguir em nossas redes sociais. 


Dicas e links

Filme "Frida" de Julie Taymor (2002)                                                                                                            Obra de Arte "Meu norte é o sul" - Xul Solar"                                                                                                Livro "Vanguardas Latino-americanas: Polêmicas, Manifestos e Textos Críticos" - Jorge Schwartz (1995) Livro "Poéticas da Transgressão. Vanguarda e Cultura Popular no Anos 20 na América Latina" - Viviana Gelado (2006)                                                                                                                                                  Livro "Modernidades Primitivas: Tango, Samba e Nação" -  Florencia Garramuño (2007)


Conheça nosso entrevistado

Para tratar sobre a história desse movimento artístico, dos significados no entorno do conceito de vanguarda artística, do contexto étnico-social de seus integrantes e do debate teórico sobre o tema, contamos com a presença do historiador e Dr. Júlio Pimentel Pinto, que também abordará melhor o surgimento, recepção e as referências políticas e artísticas que influíram no movimento.
Júlio Cesar Pimentel Pinto Filho graduou-se em história em 1985 e defendeu sua tese de doutorado intitulada Borges, uma memória do mundo. Ficção, memória e história em Jorge Luis Borges em 1995 na Universidade de São Paulo.

Passou a integrar o corpo docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP em 1987 e em 1999 começou a lecionar na Universidade de São Paulo, instituição na qual atuou como professor da graduação, pós-graduação ou na presidência de comissões. Também foi na USP, instituição em que Júlio Pimentel trabalha até os dias atuais, que o historiador defendeu sua tese de livre docência em defendeu em 2010: A pista e a razão. Leituras da ficção policial na história.
Ao longo de sua carreira Júlio Pimentel Pinto orientou e participou de dezenas de bancas avaliadoras nos níveis de mestrado e doutorado, bem como escreveu os livros A Leitura e seus lugares (2001) e Uma memória do mundo - Ficção, memória e história em Jorge Luís Borges (1998).

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